DYLAN DOG – O DESPERTAR DOS MORTOS VIVOS
Publicada originalmente na Itália, em 1986, Dylan Dog – O despertar dos mortos vivos é uma ótima introdução ao personagem. É também a aventura de estreia do Detetive do pesadelo, e já possuía […]
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Publicada originalmente na Itália, em 1986, Dylan Dog – O despertar dos mortos vivos é uma ótima introdução ao personagem. É também a aventura de estreia do Detetive do pesadelo, e já possuía […]
Publicada originalmente na Itália, em 1986, Dylan Dog – O despertar dos mortos vivos é uma ótima introdução ao personagem. É também a aventura de estreia do Detetive do pesadelo, e já possuía as características idealizadaspelo seu criador, Tiziano Sclavi, que viriam a se tornar marcas registradas com o passar do tempo: uma história carregada de mistério, com ritmo envolvente, que não poupa nas cenas de violência e que tende para um final que deixa qualquer leitor surpreso. Em 2011 foi produzida uma adaptação cinematográfica, com Brandon Routh (Superman – O Retorno) assumindo o papel de Dylan, intitulada Dylan Dog e as Criaturas da Noite.
A ação é intensa e abusa de clichês de exploitation, como nudez gratuita e referências ao cinema americano de zumbis, mais especificamente A Noite dos Mortos Vivos de George Romero. O conto representa perfeitamente os métodos do investigador, que prefere entrar em ação, do que enrolar o leitor em teorias e conversas sem fim.
A história se desenvolve como um conto cinematográfico, o enquadramento dos desenhos passa a impressão de se estar assistindo a um filme transposto em quadrinhos, e a ausência de cores ajuda a aumentar a aura de filme de terror presente na história, que fica ainda mais interessante graças ao carisma dos personagens, tanto do protagonista quanto o seu fiel companheiro, Groucho.
Os desenhos ficam a cargo de Angelo Stano, que opta um desenvolvimento mais agressivo, com seus traços limpos e a falta de colorização, trabalhando somente com o sombreado. A arte é perfeitamente encaixada na história, transpondo todo o sobrenatural de forma que o leitor tenha que usar a mente para preencher as lacunas visuais.
Na trama, Dylan é contratado por Sybil Browning, cujo marido já morto tentou matá-la. A investigação leva a uma ligação entre o marido zumbi e o senhor Abraxas, um das personificações do demônio que está em busca da imortalidade e é inimigo da família de Dylan, nominada por ele como caçadores de pesadelos.
É possível notar semelhanças com outros análogos da cultura pop, a predileção pela flauta de Dylan Dog é semelhante ao Stradivarius de Sherlock Holmes. O envolvimento com ciências ocultas por parte do protagonista, gera equilíbrio com a escolha em abordar mitos ligados ao Vodu haitiano, como uma incessante busca pelo elixir da imortalidade é interessante, mas se prova infrutífera em vencer a morte ao transformar os ressuscitados em criaturas acéfalas.
Ao fim da história a sequência de ação põe Dylan à prova, mas mantém sua astúcia e ironia. O Despertar dos mortos vivos se mostra uma ótima porta de entrada para o mundo do Investigador do Pesadelo, balanceando perfeitamente toda a trama entre ação, horror e o suspense, mas de forma descompromissada. Um fã do gênero encontrará um caminho confortável através da saga, sendo constantemente remetido a referências, e oferecendo todo o entretenimento que o terror pode proporcionar.
Desenhista, amante da cultura geek/nerd, gamer desde as primeiras fases da vida e batfã sem limites. Junto aos aliados, vou trazer todas as novidades e destaques daquilo que amamos, desbravando o mundo dos quadrinhos com análises, indicações e também opiniões sobre séries e filmes!