Call of Cthulhu: Dark Corners of the Earth é um jogo de terror e sobrevivência desenvolvido pela Headfirst Productions e publicado pela Bethesda Softworks e pela 2K Games e Ubisoft para PC e Xbox. Para o Xbox, o jogo foi liberado em 2005 e em 2006 para PC.

Aqui há uma combinação de ação e aventura com um jogo de tiro em primeira pessoa relativamente realista e com elementos de furtividade.

O jogo baseia-se nas obras de H. P. Lovecraft, autor de “O Chamado de Cthulhu” e progenitor do mito “Cthulhu”. É uma reimaginação do livro de Lovecraft de 1936 chamado de “A Sombra de Innsmouth”. Sua história segue Jack Walters, um detetive particular mentalmente instável e obcecado por seu passado perdido, contratado para investigar Innsmouth, uma cidade estranha e misteriosa que se cortou do resto dos Estados Unidos e que está sob influência de um culto milenar a um ser mitológico.

Apesar de ser um jogo de terror, também utiliza de outros gêneros diferentes em seu meio, como investigação e furtividade, sem deixar a trama cansativa. Se faz necessário que o protagonista precise conversar com outros personagens na tentativa de extrair informações a respeito de cada objetivo a ser realizado.

Mesmo sendo um jogo com pouco mais de 10 anos, Call of Cthulhu possui diversos elementos em sua mecânica que até mesmo jogos mais recentes não possuem. Há um sistema de sanidade: quando Jack se encontra em situações de risco ou presencia criaturas, ele pode entrar em pânico e posteriormente ter alucinações, fazendo com que a tela fique embaçada. O jogador deve checar a munição da arma frequentemente, pois não há HUD na tela do jogo, e a mira fica na própria arma. Se demorar com a arma apontada, o braço de Jack se cansa e fica tremulo. Além disso, quando o personagem toma algum dano, é preciso checar em seu próprio corpo aonde está localizado o ferimento para poder tratá-lo, pois se não ele pode acontecer de ele sangrar até morrer. Outro fator interessante é que ele fica mancando caso receba um dano crítico na perna, e apesar do jogo ser em primeira pessoa, isso é bem representado. Caso não haja mais medicamentos, existe uma espécie de anestésico que alivia a dor por alguns segundos, mas tem um efeito colateral que deixa a tela embaçada e somente piora caso o uso seja excessivo.

O sistema de save do jogo é similar ao utilizado na franquia Silent Hill. Existem símbolos nas paredes e é através dele que o jogador pode salvar seu progresso.

O ponto forte de Call of Cthulhu certamente é o enredo. Há muitos diálogos e documentos para serem analisados que se fazem muitos importantes para se entender a história em sua totalidade. Apesar de possuir uma história ótima, o mesmo não pode ser dito de seus gráficos, que são relativamente feios para sua época. Entretanto, sua ambientação mais acinzentada ajuda a transportar o jogador para dentro dessa atmosfera macabra que o livro de H.P. Lovecraft também quer apresentar. Fundido a isso, o jogo possui uma trilha sonora que se faz muito presente em momentos de tensão, como quando Jack precisa fugir ou enfrentar inimigos. Em outros momentos, sons de passos, grunhidos ou portas batendo, fazem seu papel no jogo muito bem.

Call of Cthulhu: Dark Corners of the Earth é um jogo excelente, mesmo com uma dificuldade elevada que acaba por proporcionar muitos desafios. O jogo tem diversos puzzles complexos e criativos que fazem o jogador quebrar a cabeça por mais tempo. Mesmo não sendo um jogo belo em termos gráficos, possui um enredo muito bom e uma trilha sonora que cumpre seu papel de manter o jogador nervoso.

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