Raji: An Ancient Epic é um jogo de ação e aventura isométrico desenvolvido pela estreante Nodding Head Games, disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Em 2017 o jogo entrou em campanha no Kickstarter, mas não alcançou sua meta de financiamento coletivo. Felizmente, três anos depois, a desenvolvedora conseguiu lançar seu épico indiano.

Ambientando na Índia, o jogo aposta na mitologia hindu e acompanha a saga de Raji, uma artista circense itinerante que busca resgatar seu irmão Golu das hordas demoníacas de Mahabalasura, que quer exterminar a humanidade.

Sua jornada é auxiliada pela deusa hindu da guerra, Durga, que também narra o jogo. Ela fornece a Raji seu tridente, Trishul, para ajudá-la com os demônios que surgirão em seu caminho. Embora seja a primeira arma do jogo, ela não é a única, havendo um arsenal divino disponível para o jogador, gradativamente liberado ao longo da campanha.

Cada arma divina possui um árvore de habilidades próprias, mantendo o combate diversificado e bastante versátil. Há inclusive a possibilidade de imbuir as armas com danos elementais: O já citado tridente de Durga pode ser imbuído com eletricidade, enquanto as armas de Vishnu são baseadas no elemento fogo, por exemplo.

Ao explorar, você precisará enfrentar demônios capazes de criar barreiras que impedem Raji de prosseguir. No combate, a heroína é capaz de desferir ataques fracos e fortes, esquivar, usar habilidades especiais e realizar finalizações contra inimigos enfraquecidos, que recuperam parcialmente a saúde da personagem. Alguns encontros ocorrem próximos a templos de Kali, a deusa da morte, que coleta sangue dos demônios derrotados para conferir à Raji uma habilidade devastadora que causa dano em área.

Com os inimigos derrotados, você poderá seguir em busca de seu irmão. Para tal, uma série de desafios de plataforma deverão ser superados, embora sigam uma estrutura linear. Há também uma série de desafios envolvendo painéis rotatórios que revelam um pouco do passados dos irmãos.

Embora extremamente curta, a jornada de Raji e Golu é cativante e, de certa forma, um suspiro em meio a tantos títulos genéricos. O jogo é belíssimo, dotado de uma direção de arte invejável. Todas as cutscenes são contadas na forma de teatro de sombras, que inclusive é a especialidade de Golu, irmão da protagonista. Há também belíssimos murais pintados ao longo das fases, que contam um pouco das mitologias hindu e balinesa. Uma pena uma experiência tão bela sofrer com problemas técnicos como quedas na taxa de quadros, que ocorrem mesmo fora de combate, e ser tão curta.

CONCLUSÃO
Raji: An Ancient Epic mostra que a Nodding Head Games têm potencial, mas a curta duração de seu jogo de estreia deixa um questionamento no ar: continuarão apostando em experiências curtas que deixam um gostinho de “só isso?” na boca ou investirão em jogos longos correndo o risco de deixar a peteca cair? Somente o tempo dirá. Enquanto isso, não deixe de conferir a cativante lenda de Raji e Golu, você viverá uma experiência tão bela quanto divertida.

PONTOS POSITIVOS

  • Enredo cativante
  • Direção de arte excepcional
  • Combate variado

PONTOS NEGATIVOS

  • Taxas de quadros inconstantes
  • Campanha excessivamente curta

NOTA FINAL: 8,5 de 10,0

1 comentário »

  1. Curti sua análise cara. Mesmo que os aspectos sejam os mesmos, tanto os positivos quanto os negativos, dei uma nota 7,2 de 10 pelo fato de achar que a queda de frames na versão Switch (que foi a analisada no meu site) causa um impacto bem grande na jogabilidade na parte das batalhas. Se puder dar uma olhada no meu trabalho também, agradeço!
    https://guarientoportal.com/analise/switch/raji-an-ancient-epic

    E esse é o perfil do Portal no Twitter.

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