REVIEW | MULHER-MARAVILHA 1984
Bem melhor que seu antecessor, Mulher-Maravilha 1984 é um presente aos fãs, que chega dia 17/12 nos cinemas. Confira o nosso review deste filmaço!
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Bem melhor que seu antecessor, Mulher-Maravilha 1984 é um presente aos fãs, que chega dia 17/12 nos cinemas. Confira o nosso review deste filmaço!
Devido ao sucesso de bilheteria no primeiro filme, que lançou em 2017 e arrecadou mais de US$800 milhões, temos uma sequência onde é nítida a liberdade que a Warner deu tanto para a diretora Jenkins quanto para a atriz Gal Gadot. O resultado disto é Mulher-Maravilha 1984, que eu considero um presente de fim de ano para todos os fãs da DCEU e até mesmo uma porta de entrada para novos fãs.
Seu antecessor não é perfeito, e por causa de algumas falhas o filme afastou a chegada de novos fãs. Algo que pode ser revertido agora com esta sequência que está simplesmente fenomenal.
Como o nome diz, o filme se passa em 1984 e a diretora Jenkins deixou claro que a escolha do ano tem haver com distopia do Grande Irmão e a referência ao mundo atual. A década de oitenta também traz uma paleta de cores bem maior que a Warner costuma usar em seus filmes de herói, além de trazer um charme a mais.
FALAREI SOBRE TUDO DANDO O MENOR SPOILER POSSÍVEL. FIQUE TRANQUILO!
O vídeo acima mostra parte de como o filme começa. Diana recorda a infância e como ela era cobrada, aprende que a verdade é a única coisa que importa e que o mundo ainda não estava pronto para tudo que ela poderia fazer por ele.
O filme explora muito bem o desenvolvimento da personagem, tendo em vista que os acontecimentos aqui foram antes de Batman VS Superman e Liga da Justiça.
Que Gadot nasceu para o papel de Mulher-Maravilha não é nenhuma novidade. A atriz tira de letra todas as cenas e me surpreendeu em uma cena onde ela chora e consegue demonstrar a fragilidade de uma mulher e a fúria de um guerreira ao mesmo tempo. Sensacional e comovente.
Outro destaque é Pedro Pascal, como Maxwell Lord. Seu personagem é pura ambição e maldade mas o carisma de Pascal vem com tal intensidade que põe o espectador na palma de sua mão. A sua gesticulação é bem elaborada e seu modo de falar é único, só espero que a dublagem fique à altura.
Kristen Wiig faz o papel de Barbara Minerva (Mulher-Leopardo) e senti que ela poderia ter sido mais aproveitada. Sua atuação foi boa, porém me fez parecer que ela só sabia fazer a “cara de brava” e nada mais.
Resumidamente: Fantástico!
Acertaram em cheio onde falharam no primeiro filme. Fazendo uma construção fantástica dos vilões e de como eles se unem no final. Enquanto um ambiciona ter mais a outra ambiciona ser mais (essa parte entrarei em mais detalhes em breve).
O filme avança em um ritmo perfeito e cronometrado. O crescimento e desenvolvimento dos vilões e da Mulher-Maravilha ocorreu simultaneamente e de uma forma bem transparente, o que agrada principalmente os fãs mais leigos da franquia DCEU.
O filme encaixa perfeitamente no momento atual, e muitas lições são tiradas daqui, em um filme que é mais que inspirador. Não tem como falar tudo sem entregar um spoiler ou outro, então vou só citar alguns desses ensinamentos:
Além disto tudo o filme trás três histórias que se fundem ao longo do filme:
Conseguiram colocar tudo isto e muito mais em um único filme e sem deixa-lo complexo. Incrível é o que o define.
A computação gráfica no primeiro filme foi repleta de efeitos exagerados. Isso foi prejudicial, ainda mais se levando em conta que é a Mulher-Maravilha. Agora na sequência temos um combate mais fluido e com bem menos efeitos.
Quando a gente vai ao cinema pra ver Mulher-Maravilha a gente não quer feixe de luz, a gente quer troca de soco, carro sendo jogado com a força do braço, pessoas sendo amarradas e arremessadas, chute na cara, balas sendo desviadas e edifícios sendo destruídos. E finalmente nos deram isso decentemente!
Os combates estão insanos e o uso da corda está melhor que nunca. Poucas trocas de câmera durante o combate corpo-a-corpo passam a sensação de que foi tudo bem coreografado e gravado de uma única vez, diferente de quando a câmera muda de posição a cada soco, e a ideia que dá é que gravaram varias cenas e remendaram tudo (alô, Marvel!).
Está bem, confesso que não entendo o motivo de darem o efeito “Flash” quando ela corre (pra mim jamais fará sentido), mas é o único defeito que vejo na computação gráfica deste filme.
A trilha sonora é repleta de referência aos anos oitenta, e ao mesmo tempo trás recordações à cidade natal de Diana. Tem um coral de fundo em algumas partes que ficaram de arrepiar no IMAX do cinema, ambiente que deixa a experiência mil vezes melhor!
Como nem tudo são flores deixarei aqui meu maior descontentamento e, novamente, sem spoiler: Qual a graça de criarem um vilão tão bem para ser derrotado tão rápido? A batalha contra a Barbara foi de tirar o fôlego, ainda mais com essa nova armadura, mas esperava um confronto melhor contra o Maxwell e inclusive digo que ele foi tão bem elaborado que poderia sim ser aproveitado em outro filme caso não tivesse sido “derrotado”.
Independente da minha saudade de ver filme no cinema, o filme é SENSACIONAL! É um filme repleto de informação e ao mesmo tempo transparente, que têm lutas insanas mas também traz pitadas de romance, comédia, drama e inspirações. O filme traz diversas mensagens que combinam muito bem com o nosso momento atual. Sem mais, vá ao cinema e veja este presente da Warner.
Para provar que não houve spoiler, quase tudo que falei têm no trailer principal. Confira:
+Ótimas atuações;
+Vilões bem desenvolvidos;
+Enredo elaborado;
+Combates fluidos;
+História repleta de ensinamentos e reviravoltas;
+Romance e alívio cômico na medida certa.
-“Combate” final desanimador;
-Falta de um efeito decente na hora de correr.