PREVIEW | ENCASED
Analisamos o jogo Encased, da Dark Cristal Games, que está em acesso antecipado na Steam e tem previsão de lançamento em setembro.
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Analisamos o jogo Encased, da Dark Cristal Games, que está em acesso antecipado na Steam e tem previsão de lançamento em setembro.
Encased é um RPG desenvolvido pela Dark Cristal Games, em que você faz parte de um complexo (e burocrático) comando num mundo pós-apocaliptico. O jogo está em acesso antecipado, e será lançado em setembro de 2021 para o PC em diferentes launchers.
A história desse jogo gira em torno do domo, já que você é um recém-chegado nesse lugar e já é encarregado de uma missão. Nesse caso você deve percorrer o mapa do jogo e o objetivo até fica em segundo plano. Existem um “rastreador de quests” no menu, mas é um pouco complicado de utilizar, e por muitas vezes não dá pra saber para qual lugar devemos ir, restando a exploração quase total do mapa.
Embora todas as falas sejam escritas, o jogo traz outro fator: a narração dos fatos. Durante a gameplay não será possível perceber se um NPC está passando a mão no cabelo, ou ficando com raiva pela sua pergunta, mas tudo o que acontece está descrito na tela para o jogador. Para os personagens mais importantes um dublador entra em cena, mas no geral apenas a descrição. Pessoalmente eu adorei ler o que acontecia como se estivesse manuseando um livro, e para os que não tem paciência para ler (nem para ouvir) obviamente o game dá a opção de pular o diálogo.
As classes do jogo são chamadas de “wings”1, e funcionam como 5 extensões da empresa: A unidade laranja, que é a responsável pelos serviços braçais, é formada majoritariamente por detentos cumprindo algum tipo de pena. Mas assim como a muralha de “game of thrones”, alguns estão lá por suas próprias razões; A unidade preta, que é algo como serviço militar, são os soldados responsáveis por manter a ordem e fazer a maioria do trabalho sujo; A unidade branca são os cientistas no geral, englobando pesquisadores e médicos de campo; A unidade azul é composta basicamente por engenheiros; e se você é do tipo terno e gravata talvez a unidade prata seja a mais indicada para você, que é formada por executivos dando canetadas em escritórios.
Gosta de lutinhas? Então escolha a sua classe cuidadosamente! Já que o jogo não permite mudar durante o percurso (o que já é esperado), você estará em enorme desvantagem ao entrar em combate com um soldado da unidade preta. Os confrontos são por turno, mas o jogador sempre tem prioridade na iniciativa. Diferente de receber, por exemplo, um ponto de ação, você vai receber um número de pontos de ação, e cada arma ou item vai consumir um pouco desses pontos.
O Jogo é infestado de itens não muito úteis, mas todos ajudam a dar a ambientação necessária. São revista com alguma curiosidade pop da época, cartuchos vazios indicando que houve um confronto naquele lugar, um disco de vinil com o intuito de mostrar o gosto musical de algum falecido, e algum tênis que alguém estava guardado para uma ocasião especial. Como o jogo tem um limite de peso bem alto, o indicado é que se carregue tudo até encontrar alguém para vender. O problema é que os itens não têm o valor proporcional ao seu peso, então você vai andar boa parte do mapa com o bolso cheio de lixo.
Ainda é possível “craftar” alguns itens, mas como eles são extremamente específicos, é preciso levar em consideração a cor da unidade que o jogador vai entrar. As bancadas também tem seus próprios propósitos, mostrando que não é possível utilizar uma cozinha para criar uma arma, assim como não da para fazer comida em um laboratório.
Alguns NPC’s vão pedir ajuda, e claro que você pode ajudá-los (a não ser que você seja um monstro e decida matá-los). Assim que você aceitar a missão, ele vai acompanhar o jogador durante o jogo até sua quest ser completa. Nesse tempo você vai ganhar um auxílio nos combates, mas dependendo das estatísticas dele existe a possibilidade de passar a maior parte do confronto apenas curando o NPC.
O mapa possui muitos detalhes, na verdade até demais. A maioria dos armários pode ser aberta, mas a recompensa geralmente é um punhado de terra, algum lixo, ou até um grande nada. Por isso que, assim que o jogador entrar em uma área nova, a diferença entre o tempo de jogo e o tempo de exploração é grande demais comparado a outros jogos. Para os jogadores que gostam de coletar todos os itens, tenham cuidado, a atividade é extremamente monótona.
Ao viajar de uma área a outra você visualiza o mapa ampliável abaixo. Aqui não tem muito segredo, você vai se locomovendo até o local indicado, ou até aparecer um local surpresa que não estava no mapa. É claro que você tem a opção de explorar ou passar direto.
1 Como o jogo não possui tradução, eu tomei a liberdade de utilizar o termo “unidade” nessa preview. Essa tradução, porém, não é disponibilizada de forma oficial.
CONCLUSÃO
Serão horas gastas até analisar cada canto do mapa, conversar com cada NPC, e descobrir cada item. Foi feito um trabalho muito bom com os personagens, de forma que o jogador se interesse legitimamente pelos seus backstories. O jogo foi feito para quem gosta de explorar, e definitivamente não serve para apenas matar o tempo, podendo ser a introdução para jogadores que ainda não conheçam nenhum RPG por turno.
PONTOS POSITIVOS
+ Riqueza de NPC’s;
+ Narração de alta qualidade;
+ História bem escrita.
PONTOS NEGATIVOS
– Excesso de baús decorativos;
– Falta de objetividade nas quests principais;
– Evolução lenta.