Como se chama mesmo aquele meme…. “mind blown”? Sim, Matrix 4 é para explodir cabeças. Quando pensamos que Matrix foi uma trilogia com início meio e fim fica difícil de imaginar uma continuidade a altura ou que ao menos possa nos prender novamente com os paradoxos e situações filosófica mas (sempre tem o mas…..), Matrix 4 consegue….em partes. A Diretora Lana Wachowski com o auxilio dos roteiristas Aleksandar Hemon e David Mitchell de “A Viagem” elevaram a outro nível o que tínhamos com resolvido, como ótimo. Matrix Ressurrections traz as velhas questões filosóficas voltadas a questionamentos de realidade, livre arbítrio e destino dos filmes anteriores porém com uma pegada mais atualizada mas infelizmente isso nem sempre é sinônimo de sucesso garantido. Mas chega de delongas, vamos ao que interessa.

IMPRESSÕES INICIAIS

De cara o filme já traz uma enxurrada de referencias aos filmes anteriores e assim é imprescindível ter um conhecimento prévio do eu é Matrix e ter assistido a primeira trilogia para ter uma maior e melhor imersão nesse filme. A diretora não poupou “fan service” e referencias que os mais aficionados irão amar e os marujos de primeira viagem não vão entender nada. Agora um alerta de Perigo. O risco de alguém  que não sabe a história de Matrix não gostar desse filme é extremamente alto. Muito porque a história tem uma narrativa mais profunda para acompanhar e entender e, que não está acostumado com esse jeito do filme pode o achar simplesmente chato.

A HISTÓRIA

A história se passa aproximadamente 60 anos após os acontecimentos de Matrix Revolution e o porquê Neo não está tão velho assim se torna um mistério explicado durante a narrativa. Como já demonstrado nos trailers, Neo está de volta a Matrix como Thomas Anderson porém de um jeito totalmente novo e atual. Lembranças e flash de memórias atormentam fazendo ter de precisar se consultar com analista (Neil Patrick Harris de How I Met Your Mother). Conforme os dias vão passando Thomas Anderson descobre que está em uma rotina deprimente e tenta achar um sentido para sua vida onde consegue sentir um alívio sempre que se encontra com Tiffany, sim esse é o nome da Trinity no filme. O grande desenrolar da história se passa a partir da primeira hora do filme onde os personagens já estão quase todos apresentados inclusive Morpheus, sim o Grande Morpheus.

O porque de ser outro ator é explicado durante o filme e Yahya Abdul-Mateen II (Morpheus) não peca em nada na panca de Bad ass. Vale ressaltar alguns pontos que ficaram vagos no filme, existem situações ainda sem resposta definida ou que precisam de um maior estudo e aprofundamento para se entender, deixando o filme um pouco mais difícil de se digerir quando se trata do sentido das coisas dentro do roteiro, prejudicando e muito quem está assistindo pela primeira vez.

Sendo o filme mais longo da franquia, Matrix 4 pode ser dividido em 3 partes. Início, onde os personagens e a narrativa é apresentada, isso na primeira hora. Desenrolar onde se apresenta a problemática do filme que precisa ser resolvida e, a conclusão nos derradeiros 40 minutos finais. O filme ainda traz inúmeras referencias aos filmes anteriores e cada cena fica uma brincadeira de “onde está wally” para encontrar os easter eggs.

Cenas de Lutas, Fotografia e Efeitos especiais

As cenas de lutas são mais fechadas e com diversos cortes afinal, precisamos lembrar que Keanu Reeves já está com seus 57 anos e Carrie Moss com 54 portanto, para aumentar a imersão e trazer a velocidade dos combates há muitos cortes na cenas de lutas, isso peca ao meu ver para quem gosta da pancadaria mas podem ficar tranquilos que não tira o brilho do filme em nenhum momento. A fotografia é tão boa quanto uma tela de fundo de PC com aquelas imagens selecionadas, seja interna seja externa, porém tem um sentido para tal. O CGI empregado é de ótima qualidade, mas perceptível e muito disso quando falamos em Matrix se da para mostrar que há “algo diferente” na realidade, como se a realidade fosse produzida em um computador. Agora falando de efeitos especiais não fiquei com a sensação de “OMG”. A grande novidade foi a utilização do “Bullet Time” de uma maneira inovadora, dentro de cenas com interações dos personagens com velocidades de cena diferente. De resto o filme traz mais das mesmas ferramentas já utilizadas nos filmes de sci-fi atuais só que com qualidade superior.

RESUMO

Para finalizar eu resumiria Matrix como um filme da história de Neo e Trinity. Acredito até que o objetivo da Diretora foi esse, mostrar uma maior importância a Trinity. Existem sim a pitada de empoderamento que não deixa o filme ruim porém não há como não notar algumas mudanças de “perfil” se podemos dizer assim, seja com personagens seja na musica tema Wake up do RAGE Against de Machine interpretada por voz feminina. Para quem gosta da trilogia e sabe até as falas completas em algumas cenas como eu, pode não se sentir tanto a vontade com esse filme que tem um final aberto e perguntas sem respostas. A impressão que fica é que há muita coisa que poderia ser explorada de outras maneiras pois Matrix se trata de um mundo virtual e o mundo de Matrix não se pode resumir em um único filme que busca reviver 3 outros filmes. O que “arrasta” esse filme é o Backgraund dos filmes anteriores pois ele por si só não se sustentaria.


PONTOS POSITIVOS

  • Qualidade CGI;
  • Efeito câmera lenta;
  • Trilha Sonora;
  • Easter eggs;

PONTOS NEGATIVOS

  • Roteiro;
  • Dependência, precisa existir um conhecimento dos filmes anteriores para entender o mínimo nesse;
  • Cenas de luta;
  • Final;

NOTA FINAL: 6,5/10

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