REVIEW | JOHN WICK 4
Não à toa esse filme tem como subtítulo “Baba-Yaga”. Para quem não acompanhou os demais filmes da franquia, é uma expressão cujo significado é “Bicho papão”. John Wick não é […]
Aliados ao Entretenimento!
Não à toa esse filme tem como subtítulo “Baba-Yaga”. Para quem não acompanhou os demais filmes da franquia, é uma expressão cujo significado é “Bicho papão”. John Wick não é […]
Não à toa esse filme tem como subtítulo “Baba-Yaga”. Para quem não acompanhou os demais filmes da franquia, é uma expressão cujo significado é “Bicho papão”. John Wick não é o Bicho Papão mas nas próprias palavras do Viggo Tarasov (Boss do primeiro filme) “…John é quem contratamos para matar o Bicho papão…”. Isso por si só já traz uma ideia do que tem por vir nesse quarto filme da franquia John Wick, para se salvar ele precisará matar aquele que todos têm medo e enfim se tornar livre novamente…ou será que não?
De antemão sem spoiler adianto que esse filme é tudo e mais um pouco para quem gosta de ação pura do começo ao fim, muito tiro, muita sequência de luta extremamente coreografada com inclusão de diversas artes marciais e sem aqueles excessivos cortes a cada 0,5 s como vemos em alguns filmes de ação por ai. Infelizmente temos perdas importantes o que faz parte da “Saga do Herói” demonstrando profundidade do filme e do propósito do John. Sem mais delongas vamos para minha análise. Lembro que é uma análise pessoal e indico a todos assistirem e terem suas próprias impressões.
O filme começa depois de algumas semanas da conclusão do filme 3 quando John leva um tiro em cima do Continental em NY e cai do edifício quase morto, porém é salvo por Bowery King (Laurence Fishburne) e cuidado pelo amigo. Meus queridos leitores, deixaram John vivo e com raiva. Dai em diante vamos para primeira parte do filme onde ele simplesmente aperta o fod… sem dar spoiler ele simplesmente faz algo onde o mundo inteiro vai atrás dele, pessoal o mundo inteiro atrás de um homem. Não é NY nem EUA é simplesmente todo o sistema dos mafiosos mundial atrás de John e o responsável disso é a Cúpula que será citada outras vezes durante o filme. Isso tudo acontece já nos 20 primeiros minutos!! (mind explode!)
Nisso é apresentado o Marquês, The Big Boss representado pelo ator Bill Skarsgård, ótima atuação! Com certeza veremos esse ator em trabalhos cada vez maiores futuramente. Para quem não o reconheceu ele foi o It em A coisa. Como informei em meu react pós filme (@edmar_tab) esse filme trata muito forte o tema de amizade, até que ponto vai a amizade? Amizade só na conveniência? Só através dela e de muita sorte (e de um terno fod…) Wick consegue sobreviver às intempéries que lhe espera. O terno é o mesmo padrão do utilizado no filme 3, com o tecido a prova de bala.
Porém para cada ato de demonstração de amizade, há consequências e isso afeta de diversas maneiras possíveis tanto John quanto seus amigos. Praticamente tudo que John “toca” morre. O filme ainda traz uma abordagem maior ao Continental e toda a rede de hotéis nos mais variados países, sensacional! Já para o meio do filme temos os altos e baixos de um protagonista lutando para sobreviver e resolver de uma vez por todas o que lhe impede de ser livre novamente e para isso ele conhece novas pessoas e revê antigos conhecidos sejam amigos e até desafetos. Porém algo é claro durante o filme, quem quer que seja ao citar o nome de John Wick, a uma pausa intrínseca pelo peso que ele tem pela sua história para toda a Cúpula, isso por si só já demonstra o patamar que ele se encontra.
Continuando, para resolver o conflito ele só tem uma resposta, matar quem for preciso e estiver em seu caminho, porém como a Hidra de Hércules, a cada cabeça cortada sempre nasce mais uma. Enfim, com a ajuda de um amigo, ele se depara com a única oportunidade de resolver de uma vez por todas todo o conflito, e custará caro como sempre.
Dai em diante o filme vai para sua parte final de aproximadamente 1 hora de duração com muita, mas muita ação. Há inclusive uma cena fantástica em uma mesa de poker que lembra muito Faroeste, a fotografia da cena é sensacional pegando o desde o suor a respiração dos ali presentes, vale muito a pena assistir. Ainda falando das cenas de ação que coroam o desenrolar final do filme, há uma perseguição em paris no Arco do triunfo que é uma obra prima ala Identidade Boun e Ronin (indico). Essa sequência de praticamente 20 min se inicia nas ruas de Paris e conclui na gigantesca rotatória do Arco do Triunfo em meio aos carros de civis e dos “caçadores” buscando a cabeça do John que no momento estava valendo 20MM de doletas (lembro que no Filme 1 iniciou com o valor de 2MM), mas não para ai, ao decorrer chega ao patamar de 35 MM.
É durante o desenrolar dessa cena, o momento que para deleite dos apreciadores de uma boa ação como eu, que se segue umas das maiores sequências de luta e tiro em ambiente fechado que o cinema já viu e de um ângulo pasmem, inovador! Não me lembro de ter assistido algum filme com essa ambientação de câmera porém não assisti tantos filmes assim de ação para afirmar que foi a primeira vez utilizado, mas meus amigos e amigas….é incrível e não duvido que será utilizado como parâmetro para demais filmes futuros de ação quem sabe. Não chega a ser spoiler, então dito isso o quero dizer com essa inovação é uma situação onde a câmera corre todos os ambientes da sequência praticamente sem corte algum (digo isso pois se houve algum corte foi bem imperceptível), uma sequência de alguns segundos (talvez minutos) sem corte e em uma perspectiva “de topo” igual como se estivéssemos jogando The sims com visão de topo, superior. Bom, só assistindo para entenderem bem e imagino o tanto de tempo para esse trecho ser gravado e ensaio coreografado a exaustão, nota 10!
A parte final (últimos 15 min) é a coroação do filme, na minha opinião esse realmente é um bom final para um filme desse estilo, com muita tensão, inteligência, surpresa com um Plot twist na medida certa! Há humor durante e ao final do filme e é na pitada “milimetricamente” certa, bem colocada, garanto!
Filme bom, com elenco fortíssimo e enredo bem costurado, tudo pra dar certo. Atuação dos atores Rina Sawayama (Akira), Bill Skarsgård (Marquês), Shamier Anderson (O rastreador) está estupenda, todos extremamente realistas e entregues ao papel. Seus personagens foram apresentados apenas nesse filme e já marcaram muito bem a franquia não tenham dúvidas. Donnie Yen não precisa de comentários, Mestre Mohr dos filmes e sequências de ações como O grande Mestre 1, 2, 3, 4, Star Wars Rogue 1 entre outros, mostra todo seu peso a interpretar Caine, assassino top 1 da Cúpula. Vale citar ainda o já conhecido Hiroyuki Sanada, rosto marcante em filmes de ação e artes marciais.
Pessoal, ficaram dois pontos muito interessantes jogados “no ar” depois que sai desse filme. Acredito que vale citar pois acho que não serei o único a indagar sobre isso. Primeiro, observem o que o Winston diz na última frase dele no filme…intrigante. Segundo, notem o que Caine (Donnie Yen) diz a concierge do Continental em Ozaka, representado pela atriz Rina Sawayama, que ficará a espera dela…sinal de outro filme vindo ai? Digo isso pois ficou como um ato sem desfecho, aberto. Vamos aguardar…
Um filme que sacia com maestria a vontade de ver ação do início ao fim, com um desenrolar que surpreende a cada ato, momentos de tensão e suspense que equilibram a ação frenética que se passa, e ainda um desfecho digno de um bom filme. Ótimas atuações e cenas de luta, locações conhecidas mundialmente e boa fotografia e trilha. Humor na medida certa e para um filme de ação você nem lembra direito quais foram, mas estava lá. Keanu está mais uma vez representando o Baba Yaga de maneira excepcional, e fecha um Arco (ou não) com dignidade. Indico para quer quiser ver boas doses de adrenalina e ação!
9,5 / 10