Pulp Fiction (chamado no Brasil de Pulp Fiction: Tempo de Violência) é um filme americano de 1994, dirigido por Quentin Tarantino e escrito pelo mesmo com Roger Avary.

Pulp Fiction é conhecido por seus diálogos ricos e ecléticos, mistura irônica de humor e violência, narrativa não-linear, uma série de alusões a outras produções cinematográficas e referências à cultura pop. Foi indicado a sete Óscares, incluindo o de Melhor Filme. Tarantino e Avary ganharam o prêmio de Melhor Roteiro Original. Também venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1994. Um sucesso comercial e de críticas, Pulp Fiction alavancou a carreira de seus atores: John Travolta recebeu uma indicação ao Óscar de Melhor Ator, assim como Samuel L. Jackson recebeu a indicação ao Óscar de melhor ator coadjuvante e Uma Thurman ao Óscar de melhor atriz coadjuvante.

É evidente a habilidade de Tarantino de dirigir atores. Cada um dos membros do elenco tem seus talentos aproveitados ao máximo e não é atoa que o filme tenha revitalizado a carreira do John Travolta, que estava à beira do abismo.

Praticamente todo o elenco (que inclui ainda nomes como Harvey Keitel, Maria de Medeiros, Ving Rhames, Rosanna Arquette, Eric Stoltz e Christopher Walken) está muito bem. A naturalidade e a destreza de cada uma das atuações é impressionante, porém dentre todos Samuel L. Jackson é claramente o que mais se destaca, sem sombra de dúvidas com uma de suas melhores interpretações, graças aos seus diálogos insanos, porém altamente divertidos.

O filme narra três histórias diferentes, porém entrelaçadas, sobre dois assassinos profissionais, o gângster que os chefia e sua esposa, um pugilista pago para perder uma luta e um casal assaltando um restaurante. Um tempo considerável do filme é destinado a conversas e monólogos que revelam as perspectivas de vida e o senso de humor de cada personagem. O roteiro, assim como na maioria dos demais trabalhos de Quentin Tarantino, apresenta-se de forma não cronológica.

O título do filme é uma referência às revistas Pulp, populares durante a metade do século XX e caracterizadas pela sua violência gráfica. Inclusive a capa do filme faz uma alusão a isso, com seu visual totalmente similar a uma revista daquela época.

Completamente insensível, insolente, mas de tirar o fôlego, este filme não perdoa os olhos de seus expectadores ao apresentar-lhes tamanha violência descomunal. Os diálogos prolongados e fora de qualquer contexto também fazem dessa obra algo muito diferente do que é visto em outros filmes de Hollywood. Tarantino gosta de mostrar a realidade nua e crua de como as coisas acontecem na vida real. Seus personagens conversam entre si sobre coisas aleatórias, cotidianas de suas vidas, e aí então algo surpreendente simplesmente acontece.

A sua trilha sonora é vislumbrante e se encaixa perfeitamente aqui, pois Tarantino quis adicionar uma lista repleta de surf music e rock, com doses de soul e funk. Muitos nomes clássicos como Chuck Berry, Kool and the Gang, Dusty Springfield e Al Green compõem a atmosfera urbana dessa obra prima.

Não é todo filme que consegue esse tipo de façanha: ser um fenômeno pop em sua própria época e, ao mesmo tempo, ser uma obra que demonstra o mais absoluto controle de câmera e de montagem. Pulp Fiction, apesar de extremamente violento, é um deleite para os olhos e para os ouvidos de seus expectadores.

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